"E se não fossem as horas
aquelas de quando tudo,
de quando nada,
de quando todas as coisas
envoltas nas palavras que nem deviam
e nas que faltaram para que tudo,
para que nada além,
para que muito mais fossem
outros os sentimentos
e outros e outros os caminhos
que não os que depois,
os que nunca,
jamais o entorpecer
das horas seguintes embriagadas
e sustentadas apenas por um fio, um fio,
um fio que se o vento atravessar
as fronteiras nada mais,
nada mais, apenas o fio sem o elo mesmo
que qualquer o elo
a sustentar a fragilidade nada além,
quase imperceptível de tão nada.
E se
E se fossem apenas a utopia das horas
que até em segundos transitam
entre o tempo imaginário
e o tempo muito mais que o imaginário,
o que é,
e no relógio os ponteiros se encontrando
e pouco a pouco longe,
distante, e novamente,
outra vez muito mais que apenas as palavras,
mas a pausa embrutecida
enquanto as interrogações se enfileiram
e no rosto e nos olhos e nas pálpebras
e onde mais a certeza de quando,
a incerteza de quando,
e se, e se, outra pausa, outra pausa, e se.
E se dentro das palavras caladas
e nas outras palavras o contemplar
do que não era,e do que era,
e do que seria e do que não seria,
e se dentro das horas a inexistência
e apenas imagens opacas
e todas outonais se confundindo
nas estações não apenas do tempo,
não apenas,
se."
aquelas de quando tudo,
de quando nada,
de quando todas as coisas
envoltas nas palavras que nem deviam
e nas que faltaram para que tudo,
para que nada além,
para que muito mais fossem
outros os sentimentos
e outros e outros os caminhos
que não os que depois,
os que nunca,
jamais o entorpecer
das horas seguintes embriagadas
e sustentadas apenas por um fio, um fio,
um fio que se o vento atravessar
as fronteiras nada mais,
nada mais, apenas o fio sem o elo mesmo
que qualquer o elo
a sustentar a fragilidade nada além,
quase imperceptível de tão nada.
E se
E se fossem apenas a utopia das horas
que até em segundos transitam
entre o tempo imaginário
e o tempo muito mais que o imaginário,
o que é,
e no relógio os ponteiros se encontrando
e pouco a pouco longe,
distante, e novamente,
outra vez muito mais que apenas as palavras,
mas a pausa embrutecida
enquanto as interrogações se enfileiram
e no rosto e nos olhos e nas pálpebras
e onde mais a certeza de quando,
a incerteza de quando,
e se, e se, outra pausa, outra pausa, e se.
E se dentro das palavras caladas
e nas outras palavras o contemplar
do que não era,e do que era,
e do que seria e do que não seria,
e se dentro das horas a inexistência
e apenas imagens opacas
e todas outonais se confundindo
nas estações não apenas do tempo,
não apenas,
se."
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