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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Silêncio-Escuro


''Silêncio

Eu não quero ouvir a voz rouca

de quem ousa temer a vida

Eu não tenho medo do futuro

Eu dou cada passo sem saber qual será o próximo

E a vida por si só se encaminha

de dar o rumo que o meu coração mandar


Escuro

Eu não quero ser acordada

com a lanterna daqueles que vivem prevenidos

para uma noite de tempestade

Eu prefiro as cores da noite quente

e ser surpreendida com o sol na minha janela

quando passar a chuva

Eu busco as cores dentro de mim

e nem todo dia é dia de arco-íris num céu azul


Silêncio

Não precisa me contar os seus medos

Eu posso senti-los quando você não diz nada

e me olha sem saber as respostas

Eu posso senti-los quando o silêncio agride a alma

e fala mais que mil palavras

E eu sinto...

Porque a vida não faz sentido algum

se não a sentirmos


Escuro

Não precisa acender a luz

para me mostrar o seu rosto

Eu o reconheço pelo cheiro da pele

e a intensidade do toque

Eu nunca soube como sentir só um pouco

Conhecer só um pouco

Amar só um pouco

Eu não sei viver só um pouco

Eu não sei amar sem viver

Eu não sei viver sem amor


Silêncio

Eu não preciso de sons pra amar.''


(Juliana Pestana)


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