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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Deixa-me seguir para o Mar


''Tenta esquecer-me...
Ser lembrado é como
evocar-se um fantasma...

Deixa-me ser o que sou,

O que sempre fui,
um rio que vai fluindo...


Em vão, em minhas margens
cantarão as horas
Me recamarei de estrelas
como um manto real
Me bordarei de nuvens e de asas,


Às vezes virão a mim as crianças banhar-se...

Um espelho não guarda as coisas refletidas !

E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar,

As imagens perdendo no caminho...


Deixa-me fluir, passar, cantar...

Toda a tristeza dos rios

É não poder parar !''


(Mário Quintana)


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